Sinopse: Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações e de seu ciclo anual de nascimento, crescimento e declínio. Nem mesmo os dois monges que compartilham a solidão, em um lago rodeado por montanhas. Assim como as estações, cada aspecto de suas vidas é introduzido com uma intensidade que conduz ambos a uma grande espiritualidade e a tragédia. Eles também estão impossibilitados de escapar da roda da vida, dos desejos, sofrimentos e paixões que cercam cada um de nós. Sobre os olhos atentos do velho monge vemos a experiência da perda da inocência do jovem monge, o despertar para o amor quando uma mulher entra em sua vida, o poder letal do ciúme e da obsessão, o preço do perdão, o esclarecimento das experiências. Assim como as estações vão continuar mudando até o final dos tempos, na indecisão entre o agora e o eterno, a solidão será sempre uma casa para o espírito.
Depois de uma sinopse dessas, eu acho que deu pra entender bem a idéia do filme. O silêncio do filme, a não necessidade de muitos diálogos pra se transmitir a ideia principal é um dos recursos que o Ki-Duk Kim sempre utiliza e me deixa cada vez mais fascinada. E as frases que eram ditas, eram sempre dotadas de sabedoria: "Luxúria desperta o desejo de possuir. E isso desperta a intenção de matar..." Uma de minhas frases favoritas do filme. Além disso, o cenário e a fotografia eram essencialmente belos, dotados de uma riqueza simbólica sem igual.
Disseram uma vez que este filme é uma poesia em forma de silêncio. E eu concordo perfeitamente com cada palavra que constitui essa frase. O próprio título já indica a idéia principal da história: a vida é um ciclo em que o recomeço é sempre eterno. Uma verdadeira obra de arte, não?
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